domingo, 23 de fevereiro de 2014

TÚNEL SOB BROTAS





Imagine que um cidadão soteropolitano more na costa sudeste de Salvador – como na altura do Parque da Cidade, por exemplo – e trabalhe em horário comercial padrão, em local situado na parte Oeste da cidade – como no centro antigo, por exemplo. Sabe-se bem, o trajeto natural deste cidadão, via Av. Bonocô e Av. ACM, será rotineiramente repleto de engarrafamentos.

Esse é o fardo da rotina de muitas e muitas pessoas que transitam de várias regiões da cidade: ter que pegar a Av. Bonocô e a Av. ACM, principalmente em horário de pico, com toda a lentidão e stress de trânsito que esse trajeto tem para oferecer.

Dentre os diversos motivos que tornam este trajeto lento e tedioso, cito dois: 1) O trajeto não tem nada de retilíneo, e por isso, é bem ineficiente. 2) Estes trechos são altamente sobrecarregados de fluxo de veículos dos mais diversos pontos da cidade – principalmente a Av. ACM.

Figura 1 – trajeto convencional de quem vem pela Bonocô até o Parque da Cidade.

Pois perceba na Figura 1, na ilustração em vermelho, o trajeto que nosso suposto motorista teve que fazer para partir de um ponto central da Bonocô até chegar no Parque da Cidade. São aproximados 8,1Km, segundo nosso amigo Google Maps.

Pois bem: agora imagine se existisse uma nova avenida, passando por um túnel por debaixo de Brotas, e interligando a Av. Mário Leal Ferreira (Bonocô) com a Antônio Carlos Magalhães na altura do Candeal (Figura 2, ilustrado em azul). Perfeito, não?

Figura 2 – proposta de túnel sob Brotas e viaduto de acesso ao parque da cidade.

A proposta se desfecha bem quando você ainda passa a considerar um viaduto interligando a saída deste túnel com o acesso à Principal do Itaigara (Av. ACM), em frente ao Parque da Cidade (Figura 2, ilustrado em verde), evitando o longo trecho até chegar ao retorno em frente à Seasinha do Rio Vermelho.

Na proposta aqui apresentada, a via partiria do Bonocô (Av. Mário Leal Ferreira), em um terreno de vale situado entre a Brasil Automóveis e Rua Odilon Dórea; passando por um túnel de aproximadamente 350m sob a Av.  Dom João VI e Ruas Amir Macêdo e Monsenhor Antônio Rosa; com mais um trecho a céu aberto na área verde situada entre a Monsenhor Antônio Rosa e a Ladeira da Cruz da Redenção; passando por um novo túnel de cerca de 100m sob a Ladeira da Cruz da Redenção, e saindo em um outro terreno baldio que fica posicionado na Av. ACM, entre a Baixa do Chocolate e o Edf. Candeal Center, conforme ilustrado na Figura 3 (os trechos em amarelo e azul significam, respectivamente, vias a céu aberto e túneis).


Figura 3 – via de Acesso da Bonocô ao Candeal, perpassando dois túneis (em azul), e mais uma proposta de viaduto ligando a via marginal da Av. ACM ao Parque da Cidade.

Pois bem que, imaginando aquele mesmo trecho do trajeto hipotético da pessoa que parte da Bonocô e chega no Parque da Cidade (Figura 2, ilustração em vermelho), e que antes era de 8,1Km, seria reduzido para 2,4km. Isto mesmo – uma economia de quase 6 km!!

Mas será que seria viável construir um túnel desses? Bom, não entendo nada de tipos de solo, e nem sou especialista em edificações. Mas só olhando superficialmente pelo mapa e pelas áreas no entorno, já deu pra explorar:

1. Máximo uso de solos de vale, a céu aberto (nos trechos em amarelo da Figura 3), contra o mínimo de túneis (trechos em azul, Figura 3). Há de se presumir que o custo e riscos de construção de vias com túneis é bem maior do que o de construir vias em céu aberto. Na nova avenida proposta, estimo um total de cerca de 450 metros de túneis contra 950 metros de vias a céu aberto.

2. Trechos de túnel onde exista a menor incidência de prédios com muitos pavimentos (fundações mais profundas);

3. Áreas onde exista a menor ocorrência de moradias, por conta das desapropriações.



BENEFÍCIOS POTENCIAIS DESTA PROPOSTA



1. Reduzir o volume de veículos que atualmente congestionam os trechos Leste da Bonocô, Avenida ACM e Região do Iguatemi, Juracy Magalhães, além dos trechos atualmente alternativos, como Dom João VI e Brotas, Vasco da Gama;

2. Reduzir em até 6km o trajeto médio percorrido por grande parte das pessoas que precisam cruzar as regiões Oeste a Leste da Cidade, nas proximidades de Brotas;

3. Consequentemente, ao reduzir a distância média de trajetos dos veículos, naturalmente reduzem-se os congestionamentos – lei básica: quanto menos tempo os carros passam na rua, menos engarrafamentos.

4. Oferecer uma via de alternativa às principais, na ocorrência de acidentes, manifestações ou outras causas de congestionamento.

2 comentários:

  1. Nota 100000000!! Meu caro essa sua proposta precisa ser encaminhada à Prefeitura!! Sei que a PMS tem um projeto d euma nova via ligando a Av. Dom João VI (próximo ao SETESP) à Av. Bonocô, ali onde antes seria o terminal de integração de ônibus com o metrô. Veja o projeto no site http://www.ttc.com.br/projetos/premob-programa-emergencial-de-mobilidade-para-salvador

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