sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

BOCA DO RIO ATÉ PATAMARES


Com a expansão urbana e crescimento imobiliário da cidade, muitas pessoas atualmente passam a morar pelas regiões da Orla Norte de Salvador. Inúmeros prédios vem sendo construídos desde os bairros mais praianos como Pituaçu, Patamares e Piatã, até em outros municípios, como Lauro de Freitas e Camaçari. E como não podia ser diferente, as vias de acesso à Orla Norte vão ficando... Engarrafadas.

Um congestionamento importante pode ser visto no horário entre as 17h e 19h, na Av. Octávio Mangabeira, no trajeto a partir da Boca do Rio até Patamares. Em horário de pico, esta área já se congestiona quase que como que se fossem as áreas do centro da Cidade. 


Figura 1 - Av. Octávio Mangabeira e focos de engarrafamento. 

Este congestionamento da Av. Octávio Mangabeira é causado por dois gargalos:

1. Estreitamento da via sentido Orla Norte, coincidentemente no semáforo à altura do antigo Clube do Bahia, onde três vias reduzem-se para duas (Figura 1, circulado em laranja), mantendo-se em duas pistas por todo o restante da Octávio Mangabeira;

2. Dois semáforos de pedestres consecutivos, respectivamente às alturas da nova concessionária Fiat da Boca do Rio e da confluência com a Av. Jorge Amado (Figura 1, círculos em vermelho, da esquerda para a direita).

Entendo que a solução definitiva consiste em:

1. Alargamento da Av. Octávio Mangabeira de duas para três pistas, no trecho de 3,5 km que vai da Sinaleira do antigo Clube do Bahia até o retorno da Av. Pinto de Aguiar (Figura 2, ilustração em azul). Em minha opinião, esta solução, além de muito boa, é consideravelmente barata, porque a margem à direita da pista contém muitos trechos de estacionamento oblíquos (que consomem mais espaço lateral), além de calçadas largas e pouco usadas. Desta forma, esta obra faria requer basicamente alterações de pavimento, com um pequeno remanejamento de ciclovia e pista de Cooper. Nenhuma desapropriação.

Figura 2 - Proposta de alargamento à direita da Av. Octávio Mangabeira sentido Boca do Rio - Patamares.

2. Inclusão de passarelas para pedestres e ciclistas (Figura 3, ilustrações em verde), em substituição às duas sinaleiras de pedestre ilustradas em vermelho na figura 1. Preferencialmente, estas passarelas devem ser construídas afastadas das pistas, em posição que garantam planejar também o futuro alargamento da via no sentido contrário. Na passarela próxima à Av. Jorge Amado, também é recomendável uma nova faixa de pedestres na posição ilustrada em vermelho (Figura 3).


Figura 3 - inclusão de duas passarelas (em verde) e faixa de pedestres (em vermelho).

domingo, 23 de fevereiro de 2014

TÚNEL SOB BROTAS





Imagine que um cidadão soteropolitano more na costa sudeste de Salvador – como na altura do Parque da Cidade, por exemplo – e trabalhe em horário comercial padrão, em local situado na parte Oeste da cidade – como no centro antigo, por exemplo. Sabe-se bem, o trajeto natural deste cidadão, via Av. Bonocô e Av. ACM, será rotineiramente repleto de engarrafamentos.

Esse é o fardo da rotina de muitas e muitas pessoas que transitam de várias regiões da cidade: ter que pegar a Av. Bonocô e a Av. ACM, principalmente em horário de pico, com toda a lentidão e stress de trânsito que esse trajeto tem para oferecer.

Dentre os diversos motivos que tornam este trajeto lento e tedioso, cito dois: 1) O trajeto não tem nada de retilíneo, e por isso, é bem ineficiente. 2) Estes trechos são altamente sobrecarregados de fluxo de veículos dos mais diversos pontos da cidade – principalmente a Av. ACM.

Figura 1 – trajeto convencional de quem vem pela Bonocô até o Parque da Cidade.

Pois perceba na Figura 1, na ilustração em vermelho, o trajeto que nosso suposto motorista teve que fazer para partir de um ponto central da Bonocô até chegar no Parque da Cidade. São aproximados 8,1Km, segundo nosso amigo Google Maps.

Pois bem: agora imagine se existisse uma nova avenida, passando por um túnel por debaixo de Brotas, e interligando a Av. Mário Leal Ferreira (Bonocô) com a Antônio Carlos Magalhães na altura do Candeal (Figura 2, ilustrado em azul). Perfeito, não?

Figura 2 – proposta de túnel sob Brotas e viaduto de acesso ao parque da cidade.

A proposta se desfecha bem quando você ainda passa a considerar um viaduto interligando a saída deste túnel com o acesso à Principal do Itaigara (Av. ACM), em frente ao Parque da Cidade (Figura 2, ilustrado em verde), evitando o longo trecho até chegar ao retorno em frente à Seasinha do Rio Vermelho.

Na proposta aqui apresentada, a via partiria do Bonocô (Av. Mário Leal Ferreira), em um terreno de vale situado entre a Brasil Automóveis e Rua Odilon Dórea; passando por um túnel de aproximadamente 350m sob a Av.  Dom João VI e Ruas Amir Macêdo e Monsenhor Antônio Rosa; com mais um trecho a céu aberto na área verde situada entre a Monsenhor Antônio Rosa e a Ladeira da Cruz da Redenção; passando por um novo túnel de cerca de 100m sob a Ladeira da Cruz da Redenção, e saindo em um outro terreno baldio que fica posicionado na Av. ACM, entre a Baixa do Chocolate e o Edf. Candeal Center, conforme ilustrado na Figura 3 (os trechos em amarelo e azul significam, respectivamente, vias a céu aberto e túneis).


Figura 3 – via de Acesso da Bonocô ao Candeal, perpassando dois túneis (em azul), e mais uma proposta de viaduto ligando a via marginal da Av. ACM ao Parque da Cidade.

Pois bem que, imaginando aquele mesmo trecho do trajeto hipotético da pessoa que parte da Bonocô e chega no Parque da Cidade (Figura 2, ilustração em vermelho), e que antes era de 8,1Km, seria reduzido para 2,4km. Isto mesmo – uma economia de quase 6 km!!

Mas será que seria viável construir um túnel desses? Bom, não entendo nada de tipos de solo, e nem sou especialista em edificações. Mas só olhando superficialmente pelo mapa e pelas áreas no entorno, já deu pra explorar:

1. Máximo uso de solos de vale, a céu aberto (nos trechos em amarelo da Figura 3), contra o mínimo de túneis (trechos em azul, Figura 3). Há de se presumir que o custo e riscos de construção de vias com túneis é bem maior do que o de construir vias em céu aberto. Na nova avenida proposta, estimo um total de cerca de 450 metros de túneis contra 950 metros de vias a céu aberto.

2. Trechos de túnel onde exista a menor incidência de prédios com muitos pavimentos (fundações mais profundas);

3. Áreas onde exista a menor ocorrência de moradias, por conta das desapropriações.



BENEFÍCIOS POTENCIAIS DESTA PROPOSTA



1. Reduzir o volume de veículos que atualmente congestionam os trechos Leste da Bonocô, Avenida ACM e Região do Iguatemi, Juracy Magalhães, além dos trechos atualmente alternativos, como Dom João VI e Brotas, Vasco da Gama;

2. Reduzir em até 6km o trajeto médio percorrido por grande parte das pessoas que precisam cruzar as regiões Oeste a Leste da Cidade, nas proximidades de Brotas;

3. Consequentemente, ao reduzir a distância média de trajetos dos veículos, naturalmente reduzem-se os congestionamentos – lei básica: quanto menos tempo os carros passam na rua, menos engarrafamentos.

4. Oferecer uma via de alternativa às principais, na ocorrência de acidentes, manifestações ou outras causas de congestionamento.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

LARGO DA MARIQUITA





O Rio Vermelho é um bairro elegante, caloroso, e de vida noturna intensa. E não só por isso, já há muito o Rio Vermelho é conhecido na cidade por seus grandes... Engarrafamentos.


Os congestionamentos no Rio Vermelho já não têm mais hora. Experimente cruzar a Av. Osvaldo Cruz, no sentido Amaralina – Dinha do Acarajé, e você constatará: trânsito intenso, por vezes parado, e a velocidade média do tráfego às vezes compete com a velocidade dos pedestres nas calçadas. Sem contar quem já pegou a Rua da Paciência à partir das 16h, sabe bem que tem que ter muito é “Paciência”. Trânsito travado, velocidade média de 2km/h...


Quando nada, quem não viveu nenhuma das duas coisas, já se amargou na Rua Conselheiro Pedro Luiz, indo para o Largo da Mariquita, vendo o semáforo abrir 2, 3... 4 vezes – todas para os carros que estão à sua frente, nenhuma delas para você.


Figura 1 – Rio Vermelho, Largo da Mariquita, e seus pontos de congestionamento.

Pois bem que, como já sugeri, três trechos de congestionamento são clássicos (e já bem antigos) na região:

1. Congestionamento na Rua Osvaldo Cruz, sentido Amaralina – Dinha do Acarajé (Figura 1, seta laranja), que se às vezes se estende por toda a extensão da orla do Rio Vermelho, chegando até o Bairro de Amaralina. Este congestionamento é causado principalmente pelo semáforo do cruzamento da Osvaldo Cruz com a Rua Conselheiro Pedro Luiz (Figura 1, circulado em laranja);

2. Congestionamento na Rua da Paciência (Figura 1, seta em vermelho), principalmente em horários de pico, que por vezes se estende até o bairro de Ondina, e é causado por uma sequência de dois gargalos consecutivos:
a) Estreitamento de uso da via por conta do tráfego originado na confluência com a Rua Conselheiro Pedro Luiz (Figura 1, circulado em roxo);
b) Estreitamento físico desta confluência resultante, de três para duas vias, na Rua Odilon Santos, em frente ao Mercado do Peixe (Figura 1, circulado em azul).

3. Longas filas de espera na Rua Conselheiro Pedro Luiz (Figura 1, seta em amarelo), no aguardo da abertura da sinaleira do Largo da Mariquita (Figura 1, circulado em laranja).
 



       Figura 2 – Proposta para “desafogar” o Largo da Mariquita

A proposta para resolver o problema do Rio Vermelho – e resolver os três congestionamentos, diga-se de passagem – envolve duas ações conjuntas:

1. Construção de um viaduto ligando a Rua Conselheiro Pedro Luiz à Rua Odilon Santos (Figura 2, ilustração em verde), transformando a sinaleira do largo em exclusiva para pedestres. Esta ação permitiria, de uma única vez:
a. Liberar o trânsito livre de veículos da Conselheiro Pedro Luiz via até Odilon Santos (Figura 2, setas em amarelo);
b. Liberar o trânsito da Rua Osvaldo Cruz em constante, fazendo-a depender apenas da solicitação de travessia de pedestres, o que reduz significativamente os intervalos de sinal vermelho, e consequentemente a vazão do trânsito no local;
c. Remover o estreitamento que naturalmente se forma no acesso dos veículos que vêm da Rua da Paciência até a Rua Odilon Santos, desfazendo o primeiro gargalho (Figura 1, circulado em roxo);
d. Manter o fluxo de veículos que partem da Conselheiro Pedro Luiz no sentido Dinha do Acarajé, inclusive pela mesma via de acesso;
e. A via que dá acesso da Conselheiro Pedro Luiz até a Odilon Santos, neste caso, se transformaria num retorno para a Osvaldo Cruz.

2. A segunda ação necessária para evitar congestionamentos na Rua da Paciência e na Conselheiro Pedro Luiz consiste no alargamento da Rua Odilon Santos em mais pelo menos uma pista adicional,  preferencialmente à esquerda (visando requerer um menor orçamento com gastos em desapropriações/reduções de terreno privado), conforme ilustrado em azul na Figura 2, garantindo uma disponibilidade constante de pelo menos três pistas na via desde a confluência do Viaduto com a Rua da Paciência.

As imagens foram obtidas usando o Google Maps.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

CRUZAMENTO AV. ACM x PAULO VI



Um importante gargalo do trânsito na Av. ACM está na sinaleira de cruzamento desta avenida com a Av. Paulo VI, à altura do Sam's Club (Figura 1, circulado em laranja), afetando o fluxo de veículos que vêm tanto da Av. ACM Sentido Rio Vermelho - Iguatemi (Figura 1, seta vermelha) quanto dos que vêm da Paulo VI buscando o sentido Rio Vermelho da ACM (Figura 1, seta amarela). Este semáforo cria quilômetros de congestionamento na Av. ACM, que às vezes chegam a travar o trânsito até no Itaigara, e na Juracy Magalhães, à altura da Seasinha Rio Vermelho. Além disso, provoca longas filas de espera também na Av. Paulo VI.
Figura 1

Uma medida interessante seria construir um viaduto ligando a Paulo VI até a via marginal da Av. ACM (Figura 2, ilustração em verde), no lado do Parque Bela Vista, garantindo não apenas fluidez neste sentido, como principalmente trânsito livre na Av. ACM, nos dois sentidos. Assim, a sinaleira seria removida juntamente com a faixa de pedestres, esta última que seria substituída por uma passarela (Figura 2, ilustração em azul).


Figura 2


As imagens foram obtidas pelo Google Maps.